Morte de 4 jovens por asfixia dentro de BMW em Balneário Camboriú completa 1 ano: o que sabe até agora
Investigação concluiu que as vítimas foram asfixiadas por inalação por monóxido de carbono, gás que chegou dentro do carro após uma ruptura em uma peça...
Investigação concluiu que as vítimas foram asfixiadas por inalação por monóxido de carbono, gás que chegou dentro do carro após uma ruptura em uma peça modificada instalada no veículo. Quatro pessoas morrem dentro de BMW em Balneário Camboriú (SC); saiba quem são O caso em que quatro jovens morreram asfixiados dentro de uma BMW estacionada na rodoviária de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, completa um ano na quarta-feira (1º). Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), até o momento, dois homens apontados como responsáveis pela customização do veículo viraram réus no processo que julga as acusações de quatro homicídios culposos, quando não há intenção de matar. A data do julgamento ainda não foi marcada (veja mais abaixo). ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp A investigação concluiu que as vítimas foram asfixiadas por inalação por monóxido de carbono, gás que chegou dentro do carro pelo ar-condicionado após uma ruptura em uma peça modificada instalada no veículo. Conforme a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o motorista do carro pagou R$ 25 mil pelo serviço. O homem que fez a peça modificada instalava itens automotivos a partir da experiência como soldador em uma empresa de laticínios. BMW onde corpos foram achados em parada cardiorrespiratória em SC Felipe Salles/NSC TV Doze meses após o caso, o g1 reconta a ocorrência de 1º de janeiro de 2024, ocorrida novo após a festa de réveillon, e detalha processos e investigações (veja abaixo). Cronologia do caso Os quatro jovens foram encontrados desacordados na manhã de 1º de janeiro dentro de uma BMW estacionada na rodoviária de Balneário Camboriú. As vítimas eram naturais de Paracatu, em Minas Gerais, e tinham 16, 19, 21 e 24 anos (saiba quem eram). No carro, os quatro jovens, incluindo um adolescente de 16 anos, esperavam pela namorada de um deles para seguirem viagem para Florianópolis. Segundo a investigação policial, a mulher que o grupo aguardava chegou de Minas Gerais de ônibus, por volta das 3h, e ficou aguardando os ocupantes da BMW, que iriam encontrá-la. Eles chegaram cerca de duas horas depois, após assistirem a um show de fogos de artifício. Quando se encontraram, conforme a polícia, encontrou os quatro ocupantes relatando ânsia de vômito, tremedeira e tontura. Nesse sentido, decidiram esperar no carro até sentirem os sintomas melhorarem. A jovem ficou saindo e entrando do carro, esperando eles melhorarem, o que não aconteceu. Câmeras de segurança registraram o momento em que a BMW estacionou na rodoviária. Um dos vídeos flagra quando um dos ocupantes desce caminhando, com dificuldade, do veículo. Outra imagem, registrada quatro horas depois, já mostra uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) cercada por pessoas que ajudaram a tirar os jovens de dentro do carro. Eles morreram ainda na rodoviária. Customização A customização substituiu a peça que tinha o catalisador do veículo por outro pedaço de tubo, conhecido como "downpipe", e sem o elemento catalisador. Esse, no entanto, é responsável pela redução de gases poluentes emitidos pelo motor do veículo, dentre eles o monóxido de carbono. O que é downpipe, peça que foi modificada e rompeu em BMW O serviço foi terceirizado. A peça colocada sofreu uma ruptura e provocou uma abertura no tubo de escapamento dos gases. Ainda conforme a denúncia do MPSC, parte do gás acumulado entrou no compartimento de admissão do ar-condicionado do carro, que ficou ligado com o equipamento acionado por três a quatro horas. Dessa forma, as vítimas foram intoxicadas. Leia também: Responsável por fazer peça que quebrou em BMW tinha experiência em empresa de laticínios Passageiros de BMW morreram asfixiados por monóxido de carbono em BC, conclui perícia Câmeras flagram jovens fora de BMW momentos antes de mortes em Balneário Camboriú De acordo com a denúncia do MPSC, Adailton Moreira da Silva não tinha qualificação técnica ou profissional no âmbito da engenharia mecânica. O g1 não conseguiu contato com a defesa dele ou de Jhones Smith Jesus Da Silva, sócio-administrador da oficina onde o serviço foi contratado, em 21 de julho de 2023 em Goiás. Os dois são os réus no processo relacionado às quatro mortes. Quem eram as vítimas Jovens morreram por asfixia com monóxido de carbono em Balneário Camboriú Redes Sociais/Reprodução Veja quem eram as vítimas: Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos. Karla Aparecida dos Santos, 19 anos. Nicolas Kovaleski, 16 anos. Thiago de Lima Ribeiro, 21 anos. Eram de Paracatu, e Patos de Minas, Minas Gerais, mas moravam há um mês na Grande Florianópolis, com familiares. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias